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#Dica de leitura: Vamos reinventar o mundo com poesia?

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Publicado em: 22/04/2020
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#Dica de leitura: Vamos reinventar o mundo com poesia?

Por Volnei Canônica

Estamos vivendo um momento bem diferente. Essas dicas de leitura são escritas em tempos de quarentena, em tempos de pandemia causada pelo coronavírus. Para não adoecer foi necessário ficar em casa! Reinventar nossa rotina. Rever nossos universos particulares. Quem pode nos ajudar em tudo isso?

A poesia é um dos gêneros literários que nos permite olhar para as palavras, para os objetos, para os sentimentos através de diferentes perspectivas. A poesia revela o escondido, o grão de poeira, o truque do mágico. Escolhi um grande poeta brasileiro do Rio Grande do Sul que ganhou o mundo pelo seu jeito de reinventar! Os três livros dessa dica de leitura foram escritos por Mario Quintana e publicados pela Editora Global. Quintana amava tomar café com quindim e fazer poesia.


Lili inventa o mundo, ilustrado por Suppa

O convite já começa pelo título do livro. A personagem Lili pega o leitor pela mão e juntos percorrerem as páginas do livro com uma lupa ou com um binóculo supersônico. Vão de encontro a jardins, animais, vento, rua, pensamentos e sentimentos. Se, “o gato é preguiçoso como uma segunda-feira” precisamos ter mais paciência e entender melhor sobre a preguiça, não? Afinal, quem não tem preguiça na segunda-feira?

Também fica mais fácil entender que “as pulgas saltam tanto porque também tem pulgas.” Como nunca percebemos isso? Quem consegue parar quieto com pulga no corpo? Ora bolas! Porque ninguém tinha pensado nisso antes?

A poesia é essa brincadeira bem séria de reinventar o que existe, mas também o que poderia existir: “A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer.”

A ilustradora Suppa construiu uma Lili doce, mas extremamente curiosa que está sempre metendo o nariz em tudo pra descobrir e revelar as poesias do Quintana. Uma personagem que aparece em cena de cabeça pra baixo, voando, saltando do meio do livro pra mostrar que poesia é deslocamento físico e de pensamento. Um livro para se divertir com os mais pequenos e apresentar a poesia desde cedo.

 

Sapo Amarelo, ilustrado por Orlando

“Nunca se sabe se uma formiga extraviada estará extraviada mesmo... ou o quê.” Poesia é extraviar-se no mundo pra depois encontrar o significado de estar nele. Você já se perguntou o quanto uma criança pode se sentir assim? Ou quantas vezes você se sentiu dessa maneira? Todo mundo indo para uma direção e você para outra? O que fazemos com a tão aclamada liberdade?

O livro Sapo Amarelo traz textos maiores, questionamentos profundos que podem ser melhor aproveitados por leitores um pouco mais experientes e com um repertório maior de palavras e leituras. É importante dizer que a literatura está aí pra desafiar o leitor e apresentar novas palavras e significados. “Todos esses que aí estão atravancando o meu caminho, eles passarão... eu passarinho!”

O traço do ilustrador Orlando constrói uma narrativa visual em dialogo com o poema. Suas imagens apresentam os elementos do poema, provocando o leitor a uma nova leitura. A dialética entre imagens e palavras.

 

Sapato Furado, ilustrado por André Neves

No livro Sapato Furado vamos encontrar o tema da existência como fio condutor da obra. Os poemas apresentam a morte como um assunto importante de ser discutido. Num momento como o atual, em que as pessoas estão se transformando em números ou estatísticas de programas jornalísticos, acredito ser fundamental tocar no assunto. “O pior dos problemas da gente é que ninguém tem a ver com isso.

O medo chega para todas as idades. Como falar sobre a morte e o que está acontecendo de forma mais leve? Pela poesia podemos olhar pra tudo isso e ainda encontrar um suspiro de arte! Encontrar a beleza de estarmos vivos! “Os outros meninos, um queria ser médico, outro pirata, outro engenheiro, ou advogado, ou general. Eu queria ser um pajem medieval... Mas isso não é nada. Hoje eu queria ser uma coisa mais louca: eu queria ser eu mesmo!”

As tintas, recortes e colagens do ilustrador André Neves produzem a profundidade exigida pelos poemas. Mostram a importante ousadia que é estar vivo e a trajetória construída por cada leitor. Mas já viso: engana-se quem espera que esse seja um livro triste!

Poesia é a filosofia com encantamento! Ambas têm como prioridade questionar o mundo. A criança é um ser filosófico por natureza. Ela desconhece o mundo e busca significados para estar nele. Já o adulto, muitas vezes, se conforma com alguns conceitos e aceita certas imposições sociais.

Então, vamos ler poesia para todas as idades e reinventar os nossos mundos!

Volnei Canônica

Presidente do Instituto Quindim e especialista em Literatura Infantil e Juvenil

@institutodeleituraquindim
facebook.com/institutodeleituraquindim

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