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Maternidade sincera: É possível ensinar com o uso da palmada?

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Publicado em: 27/10/2020
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Maternidade sincera: É possível ensinar com o uso da palmada?

Hoje vamos falar de um assunto que é tão delicado quanto necessário no que se refere à criação dos filhos: afinal, é possível ensinar com o uso da palmada? A doutoranda em Psiciologia Marina Heinen, especialista convidada a falar sobre o tema, nos chama a refletir sobre a forma como estamos educando nossas crianças e propõe práticas positivas neste processo tão desafiador que é garantir o desenvolvimento saudável, do ponto de vista emocional e comportamental, dos pequenos. Confira:



Se você imaginar seu filho daqui há 30 anos, como você gostaria de encontrá-lo? Quais as características que você espera observar? Provavelmente você queira encontrar uma pessoa feliz, de sucesso, responsável, com emprego, ética, empática, com uma família estruturada, entre outras qualidades.

Diariamente temos a oportunidade de ensinar diversas habilidades para as crianças. Mas, será que a forma como estamos nos relacionando e as educando no dia a dia está contribuindo para o desenvolvimento dessas competências no futuro?

Nos últimos anos, aumentou de forma considerável o número de pesquisas que buscam entender os fatores que influenciam o desenvolvimento saudável das crianças. E uma das variáveis estudadas é relativa ao ambiente familiar. O que isso significa? Significa que o estilo de cada um dos pais ou cuidadores, as práticas educativas utilizadas, a relação entre pais e filhos e as situações estressoras da família tem um papel importante, pois podem influenciar o crescimento saudável do ponto de vista emocional e comportamental das crianças.

Sendo assim, para que uma criança se desenvolva de forma saudável, é preciso um ambiente seguro, acolhedor e que passe a ela a sensação de pertencimento. E mais: para que as características lá em cima elencadas por você estejam presentes daqui há 30 anos, ela precisa de um adulto disponível para ensiná-la a aperfeiçoar essas habilidades. Uma forma de fazer isso é agir no aqui e agora, utilizando práticas positivas para educar. E, ao contrário do que alguns pensam, a palmada não é uma opção quando se fala em práticas parentais positivas.

A palmada está relacionada às práticas negativas que os pais usam para educar as crianças. Ela é utilizada em diferentes situações, por diferentes pessoas, independente da classe social, raça ou gênero. A grande questão preocupante é que ela é vista como uma forma comum, possível e frequentemente utilizada para disciplinar.

Quando uma criança tem um mau comportamento, o uso da palmada é utilizado para interromper esse comportamento – e isso realmente ocorre no momento. Dar uma palmada pode fazer com que a criança pare imediatamente algo que você não aprova. Porém, provavelmente, ela interromperá o comportamento por medo.
Quando a criança sente medo, ela se sente insegura e ameaçada. E isso faz com que o processo de aprendizagem da criança seja bloqueado. O uso da palmada, então, poderá interromper o comportamento da criança, mas não será capaz de ensinar novas habilidades ou mesmo auxiliar a criança a compreender o que aconteceu ou ainda pensar em comportamentos mais assertivos.

Usar a palmada para educar é usar da violência. E a violência associa-se, a longo prazo, a prejuízos no desenvolvimento cerebral, em razão dos níveis elevados de estresse, assim como a sintomas emocionais e comportamentais nas crianças. Frente a essas consequências, reflita se a forma como você está educando seu filho está funcionando e indo ao encontro dos seus valores e objetivos; se questione se você se sente bem com a sua forma de educar e perceba como seu filho se sente com a sua forma de educá-lo.

A reflexão que desejo sustentar é: como responsáveis das crianças, o nosso dever é contribuir para o desenvolvimento saudável delas através de uma educação pautada em ensinamentos para a vida. Por isso, quando a criança tiver um mau comportamento, encare como uma oportunidade de ensinar uma habilidade que ela possa levar por toda sua trajetória. Baseado na premissa da Parentalidade Positiva, te convido a pensar... “O QUÊ e COMO eu posso ENSINAR ao meu filho a habilidade que ele está precisando desenvolver?”

Busque conhecer diferentes possibilidades de educar as crianças que sejam guiadas pelo respeito e afeto. Ensine habilidades para seus filhos através de práticas positivas, caracterizadas pelo uso de instruções claras, pautadas em um diálogo que envolve demonstração de afeto, empatia, cuidado e respeito, visando a longo prazo contribuir para o seu desenvolvimento. Ao fazer isso, você estará melhorando a qualidade da relação e se conectando com ele, além de ensinar habilidades para a vida. Dessa forma, daqui há 30 anos, você verá seu filho como um adulto saudável com as características e competências de vida listadas e ensinadas por você.

 

Marina Heinen
Psicóloga. Mestre em Psicologia Clínica e Doutoranda em Psicologia.

Atendimento presencial na cidade de Caxias do Sul/RS e atendimento online para demais localidades
(54) 999124858 | m.marinaheinen@gmail.com
@canal.psi

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