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Maternidade sincera: Pais de múltiplos

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Publicado em: 28/02/2020
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Maternidade sincera: Pais de múltiplos

Se ter um filho não é tarefa fácil, imagine ter gêmeos ou múltiplos (dois, três ou mais bebês) de uma só vez? Mas isso não é motivo para desespero, viu? Quando você já está preparado e informado, tudo se torna mais tranquilo. Além dos cuidados médicos que uma gravidez gemelar ou múltipla exige, os pais devem superar os desafios do nascimento, crescimento e desenvolvimento simultâneos de mais de uma criança. E pra gente entender, nada melhor do que falar com quem vive isso diariamente. Por isso, convidamos duas famílias muito queridas pra compartilhar com a gente um pouco das alegrias e particularidades desse universo tão "múltiplo".


"Mônica e os trigêmeos da Michele"

"Nem em meu mais lindo sonho pensei que responderia com SIM à pergunta “Os quatro são seus?”. Me fazem esta pergunta com bastante frequência e, apesar de responder com um sonoro SIM, jamais havia imaginado que eu teria quatro crianças sob minha responsabilidade. Sempre sonhei em ser mãe, mas nunca havia sequer imaginado que um dia eu teria quatro filhos.

O plano era ter dois filhos. De preferência um casal. Por que será que a gente idealiza esse tipo de coisa? Bem, como casamos muito jovens, meu marido e eu combinamos esperar alguns anos até sermos pais. Mas quando pensamos ter chegado a hora, nos deparamos com minha infertilidade. Descobri que tinha endometriose e busquei tratamento para ela. Foram dois anos de tentativas até conseguir engravidar naturalmente. Nasceria Mônica, em 2011.


Mônica e os pais, prontos pra chegada dos três irmãos. (fotos arquivo pessoal)


Quando Mônica tinha 1 ano e 6 meses, recomeçamos as tentativas com o objetivo de dar um(a) irmãozinho(a) à ela. Como havia demorado para conseguir engravidar, nos surpreendemos quando, já no segundo mês de tentativas, me descobri grávida. Ficamos muito felizes! Com cerca de 6 semanas, fiz minha primeira ecografia da segunda gestação. Logo no início do exame já foi possível visualizar dois sacos gestacionais. Quando a médica confirmou que eram gêmeos, eu e meu marido nos olhamos totalmente em estado de pânico! Eu queria mais UM filho, ter mais dois não estava no plano! Me vendo incrédula, a médica nos orientou a repetir o exame em 10 dias, pois, afinal, ainda não havia sido possível ouvir os batimentos cardíacos dos bebês.

Passados 10 dias e o susto, meu marido e eu fomos à outro laboratório fazer a segunda ecografia. Expliquei ao médico que estava ali para confirmar se havia mesmo dois, mas nesse momento nós já estávamos acostumados com a ideia de termos gêmeos. O médico iniciou o exame e percebi que ele ficou num silêncio suspeito. Então ele explicou: “Olha, aqui nesse saco gestacional está tudo bem, há o embrião e a vesícula vitelínica. Só que nesse outro há dois embriões. São trigêmeos!” Lembro que busquei meu marido com os olhos e comecei a rir. Achei engraçado o fato de a gente não ter controle sobre as coisas na vida. Achei graça de mim mesma, que tinha planejado uma gravidez e pensava que seria exatamente como o planejado. Eu ri, mas foi para mascarar meu nervosismo, meu medo. Meu marido estava em choque.

Quantas preocupações tomaram conta de nós... Minha obstetra passou diversas recomendações, mas nunca me estressou, sempre falou que era possível chegar até as 36 semanas se eu levasse a gravidez numa boa. Meus pais mudaram-se para perto de mim para me ajudar. Minha vida mudou radicalmente. Durante a gestação, fiz ultrassons a cada 15 dias. Quando estava de 13 semanas descobrimos que seriam três meninos. Fiz repouso absoluto a partir das 25 semanas, quando parei de trabalhar. Durante o período do repouso, busquei muita informação sobre múltiplos e como criar trigêmeos. Tinha preocupação com fraldas, amamentação, o parto. Morria de medo de nascerem muito prematuros e ficarem muito tempo no hospital. Por não encontrar muita informação como procurava, resolvi criar um blog (ostrigemeosdamichele.com.br) e comecei a contar a minha história. Outras mulheres grávidas de trigêmeos ou com filhos já crescidos começaram a trocar experiência comigo e isso foi muito bom. Os meninos nasceram de 34 semanas, no dia 4 de outubro de 2013, pesando cerca de 2 quilos cada um. Precisaram ficar na UTI neonatal apenas 15 dias e foram para casa já mamando no peito. Consegui amamentar até os 6 meses intercalando o seio e fórmula infantil.



Michele e os três pequenos.


Os anos passaram e as preocupações foram dando espaço à experiência. A rotina que impomos na casa faz com que possamos nos organizar para termos um tempo para nós dois como casal, nem que seja para ver um filminho juntos. Muitas pessoas, quando me veem com quatro filhos, incluindo trigêmeos, me perguntam se dá muito trabalho. Me perguntam como dou conta. Na verdade, dá sim bastante trabalho, dá bastante despesa também. Mas eu prefiro focar no lado bom, prefiro levar a vida com uma atitude mais positiva. Muitas mães com um filho só têm dias difíceis. Nós também, mas o amor que sinto por meus filhos é maior que tudo.

Hoje, não considero que tenho muito trabalho. Aquela gravidez surpreendente me trouxe meus maravilhosos trigêmeos, e sou muito orgulhosa da maneira que eu e meu marido criamos nossos quatro filhos. Sou muito feliz com minha família e grata à vida por ter me dado aquele susto, sete anos atrás."

 

Michele e Maurício
Pais da Mônica, do Marcelo, Murilo e Matheus


www.ostrigemeosdamichele.com.br
Facebook: www.facebook.com/ostrigemeosdamichele
Instagram: www.instagram.com/ostrigemeosdamichele
YouTube: www.youtube.com/c/ostrigemeosdamichele

 

 

 

Aprendendo a contar - Tiane e Júnior, pais de gêmeas

“Após 10 meses de tentativas, engravidamos! Em uma conversa entre amigas logo no início da gravidez, uma delas disse: “quando eu estava grávida, doía no fundo da barriga no lado direito” e a outra amiga “na minha doía do lado esquerdo”.  E eu pensei: “meu deus do céu, devo estar com algum problema, pois tenho dores nos dois lados”.

Agendada a primeira ecografia, vi uma imagem duplicada e não acreditei. Nesse momento, a médica fala “sabe contar? Então conta! Parabéns, são gêmeos!” Uma emoção enorme tomou conta de mim, saí chorando. Meu marido aguardava na sala de espera e perguntou o que havia acontecido. Só fiz o sinal de 2 com os dedos. Olhos arregalados, ele ficou mudo. Não acreditava!


Tiane aprendendo a contar da melhor forma possível! (fotos: arquivo pessoal)

E isso acontecia com frequência. Anunciar que estar grávida é uma comemoração, e quando a gente falava que era gêmeos, as pessoas não acreditavam. Fiz vários vídeos filmando a reação das pessoas que comprovam isso. E ao contar para minha mãe pelo telefone, muita alegria! Mas adivinhem? Ela também demorou a acreditar.
Como qualquer gravidez, muitas incertezas surgem também. Cada eco é uma ansiedade duplicada. Ao verificar o primeiro bebê e que o mesmo está bem, se respira fundo e começa novamente para iniciar o segundo.
Cesárea? Parto Normal? Seriam prematuros? E o leite? Será que haveria produção o suficiente para amamentar duas crianças? Quantas roupas? Quantas fraldas? Que tamanho ficaria minha barriga? Conseguiria saber o sexo das duas crianças (um bebê foi identificado em uma ecografia que seria uma menina e o outro somente 20 dias depois – mais uma menina!)
Em meio a tantas dúvidas, a gravidez passou muito rápido e foi muito tranquila. E na manhã do dia 1º de janeiro de 2016, Olivia nasceu com 46cm e 2,310kg. Dois minutos depois, Alice com 45cm e 2,3kg, ambas saudáveis e com 36 semanas.



Júnior e Tiane com as pequenas Olivia e Alice (ou seria Alice e Olivia)?

Passado esse tempo com nossas filhas, deixo pra vocês essas dicas para quem está grávida de gêmeos:

1) Relaxa! Sim, você vai dar conta (do seu jeito, mas vai dar conta);
2) Você irá responder milhares de vezes se são gêmeos. Em seguida vai responder à tradicional pergunta “Foi tratamento?”;
3) Rotina! Se você não quiser enlouquecer, você precisa pelo menos tentar ter uma rotina em casa;
4) Não priorize o silencio. Crie os seus filhos no barulho (as gurias ficavam praticamente todo o dia em um colchão na sala – mamavam, dormiam, sem se preocupar com o barulho de TV e conversas... somente iam para o berço no último sono da noite;
5) Tenha uma agenda no início (é bom anotar o horário que um bebê mamou ou trocou a fralda, porque na correria do dia-a-dia, te garanto: você não vai lembrar de tudo)
6) Aceite toda ajuda que te oferecerem.  Avós, tios, amigos, babá... tudo!! Mesmo achando que não precisa, acredite: você irá precisar! Nem que seja para tomar um banho quente tranquila ou comer um prato de comida;
7) Quando te disserem “aproveite para dormir”, durma! Porque  você não sabe como serão as noites futuras;
8) Se não tiver leite, fique tranquila! Eu também não tive. E elas sempre estiveram dentro dos padrões de bebês que foram criados somente com leite materno;



O antes e depois (4 meses e 4 anos)

9) Facilite a sua vida: nem sempre aquela roupa linda com 27 botões vai ser útil no momento que tiver dois bebês chorando;
10) Você não imagina o poder que um carrinho duplo possui sobre as pessoas. Quando levar as crianças passear, você irá parar muitas vezes;
11) Crie seus filhos sem stress – se um pegou o bico do outro, ou a colher do outro, ou estão dividindo um brinquedo, não há problema nisso;
12) Aproveite as promoções (em especial de fraldas e fórmulas);
13) Não é uma verdade absoluta que quando um chora o outro chora também;
14) Gêmeos são apenas duas crianças que fizeram parte de uma mesma gestação e só – porque terão diferentes personalidades, estilos e preferências.
15) Não compare – aceite as diferenças e as velocidades de cada um – não será no mesmo dia, mesma hora e mesmo minuto que eles começarão a caminhar;
16) As crianças são muito espertas e logo vão saber qual gêmeo tem um jeitinho de conseguir algo com os pais. Se disser: “não irei comprar isso para você”, utilize a mesma frase com o outro.


Em resumo: por mais que todos tenham uma dúvida referente a quanto irá custar ou como irão fazer, a única certeza que tenho é que você vai conseguir! E terá a oportunidade de provar que o amor não se divide, se multiplica. <3



Tiane e Júnior
pais da Alice e da Olivia

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